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Editorial Arauto 79
Um caminho para o triunfo,
Foi com imenso orgulho que abraçei este “Arcadian”, permitam-me este paralelo com a vida de BP, recordemos que foi no “Arcadian” que BP conheceu Olave St Clair, sua esposa com quem partilhou as suas ideias e aspirações. Foi uma uma felicidade extrema poder partilhar convosco esses mesmos ideais e aspirações.
Experimentamos aprofundar os diversos elementos suscetíveis de motivar uma pessoa a entrar para o Escutismo Adulto ou a ficar nele. Muitos adultos têm a preocupação verdadeira de melhorar o mundo, a qual se exprime através de atividades em favor do ambiente, um compromisso humanitário ou religioso. Pode dizer-se que o Escutismo Adulto mistura todas essas dimensões, uma vez que é fundado sobre um princípio espiritual, internacional por natureza, consciente dos problemas ambientais e comprometido no serviço ao próximo.
O Escutismo Adulto é a fonte de muitas recompensas – não materiais – que constituem outros tantos fatores de motivação. A satisfação de ter realizado qualquer coisa, a satisfação e o sucesso dos outros adultos, a conclusão feliz de uma atividade ou os agradecimentos da comunidade por um serviço prestado, vêm de imediato à cabeça. São essas as verdadeiras recompensas que dão ao responsável adulto o sentido do seu próprio valor. Podem assim, contribuir para lhe dar uma identidade semelhante à do que procura um emprego. Poder dizer “Sou Escuteiro Adulto” pode ser tão valorizante quanto “Sou Engenheiro”. Para a maior parte de nós, o sentimento do nosso próprio valor tem uma grande importância.
Outros guardam a recordação feliz dos seus tempos de escuteiros – tal e qual crianças ou adolescentes – e procuram prolongar esses dias felizes através do seu papel de Escuteiros Adultos.
Alguns responsáveis adultos, dizem que querem “transmitir aos outros o que sabem”. É uma tendência do ser humano, que procura perpetuar-se – a si e às suas convicções – através dos outros. Muitos fazem-no criando uma família, outros através do ensino ou da educação de jovens. A necessidade de ser reconhecido pelos outros, através do seu saber e da sua experiência, é perfeitamente natural. Esta motivação deve ser aceite e reconhecida através das oportunidades oferecidas a cada responsável para continuar a desenvolver as suas competências e a transmiti-las.
Todo o homem tem essa necessidade fundamental de ser reconhecido, isto é, de se sentir valorizado por aquilo que fez. Felicitar, quando isso o justificar. Em se mesmo, encorajar perante as dificuldades não custa nada. Evitemos, todavia, fazer demasiados elogios, porque se tornam suspeitos e desvalorizam quer quem os faz quer quem os recebe.
Aliado ao reconhecimento está o estatuto que um cargo no Escutismo Adulto pode dar. Em si mesmo, isto pode não ser mau de todo. A sociedade tem tendência em valorizar aqueles que são conhecidos por consagrarem tempo e energias a uma boa causa. Em certas comunidades, o Presidente de Núcleo está ao mesmo nível que o pároco ou o director da escola, aos olhos das pessoas.
Um dos principais factores de motivação para os responsáveis é, provavelmente a pertença a um grupo reconhecido e valorizado. Quando um grupo goza de um certo estatuto, é reconhecido e apreciado pela comunidade, o simples facto de ser membro dele dá destaque e muita gente quererá entrar ou lá ficar. Isto é válido a todos os níveis, se bem que uma certa exclusividade contribua para reforçar a imagem do grupo.
O Escutismo Adulto não apresenta a característica de um grupo exclusivo, contudo, pode ser muito bem considerado pela comunidade por exemplo, após uma intervenção durante uma catástrofe ou uma acção de serviço comunitário. Tudo isto pode contribuir para uma imagem muito positiva à qual as pessoas possam desejar estar associadas, a imagem de um movimento ao qual se tem orgulho de pertencer.
Os Escuteiros Adultos e os seus responsáveis querem pertencer a qualquer coisa de bem. Os Núcleos que funcionam bem parecem atrair e manter os quadros de qualidade que, por sua vez, contribuem para os fazer continuar ainda melhor.
Regra geral, trabalhamos para pessoas mais do que para um ideal ou uma organização. A qualidade de apoio efectivo prestado pelos responsáveis determina em larga medida a energia e o compromisso daqueles que estão sob a sua responsabilidade. Ouve-se dizer com frequência “fazem qualquer coisa por ele/ela”. Cabe, assim, a cada responsável agir de modo a que os seus “sujeitos” possam sentir-se bem, reconhecidos pelo seu trabalho, reconhecidos e aceites como pessoas, escutados, encorajados e ajudados nas suas tarefas. Cada vez que um “superior” denigre ou critica, está a desvalorizar aqueles por quem é responsável e diminui a sua vontade de trabalhar para si ou para as finalidades que persegue.
Para outras pessoas, a motivação está na visão de futuro e na convicção de que têm um papel positivo a desempenhar no desenvolvimento dos outros, no futuro da organização, no seu próprio destino.
Deste modo, quaisquer que possam ter sido as razões que levaram um adulto ao Escutismo, ele só ficará se aí encontrar uma fonte de realização e valorização. É esse o preço do seu compromisso.
Diferentes motivações devem ser aceites sem julgamento. Podemos apoiar-nos nelas para o bem do Escutismo Adulto e dos adultos que o integram e, bem entendido, dos próprios responsáveis. O Escutismo Adulto deve sentir-se preocupado com o desenvolvimento pessoal dos seus responsáveis, uma vez que só com responsáveis empenhados num processo de desenvolvimento pessoal os adultos poderão crescer num mundo em rápida mutação.
Mas é bom que haja motivação, pois quanto mais vazia a carroça, mas barulho ela faz, daí que os responsáveis devem estar atentos aos ruídos
O escuteiro é um cidadão voluntarioso que desde cedo aprende que todos os homens de “bem-querer” são precisos nesta missão de criar um mundo fraterno, um mundo cooperante, um mundo que todos possamos viver felizes, para um mundo de paz mundial.
O sucesso depende sempre do empenho, trabalho e do espírito com que desenvolvemos os nossos projetos
Já deixei expressa a ideia de que me parece que a FNA pode e deve ser uma das opções que os Caminheiros e Companheiros do CNE deverão ponderar, isto se quiserem de facto viver a sua vida no compromisso de transformação através da cidadania ativa. O mesmo se dirá dos Dirigentes do CNE que por algum motivo deixem de estar empenhados nos Agrupamentos. Julgo que há janelas e há portas abertas, para que a FNA possa apresentar-se aos Escuteiros e Dirigentes do CNE, como essa opção de Serviço e de Compromisso. Diria que a FNA deverá aproveitar e trabalhar a forma como passa a imagem daquilo que é a vivência na Fraternidade, para que os Jovens e Adultos do CNE possam sentir esse apelo e sejam cativados para uma participação e futura adesão à nossa associação.
A todos os associados deixo vos uma mensagem de que o medo de falhar nunca seja maior do que a nossa vontade de vencer!
Boa Caça.
Editorial Arauto 78
Nova Normalidade
Domina na nossa sociedade uma nova ordem mundial denominada por nova normalidade para a descrição do processo de adaptação social a esta pandemia. Estamos todos sujeitos a regras de afastamento social, mas um afastamento físico, não um afastamento de comunicação e partilha de valores. E é nesta certeza que temos que pautar a nossa atuação diária, não descorando os valores pelos quais regemos a nossa vida comunitária, não cedendo a tentações para o afastamento do serviço ao próximo, que mais que em qualquer outro momento é necessária para que os fossos sociais não sejam aprofundados, sendo que em alguns casos poderiam ser mesmo disruptivos para quem caí dentro destas clivagens societárias.
Importa, assim, que os movimentos de serviço ao próximo, como a nossa Fraternidade Nuno Alvares, não descurem a sua missão, sob pena verem a sua razão de existir a ruir pela inoperância. É perfeitamente possível a coexistência da pandemia com a missão de serviço nesta nova normalidade de distanciamento social, para tal necessitamos de reinventar as nossas ações de voluntariado, estando sempre alerta para o serviço.
Previsivelmente, estaremos ainda longos meses com esta nova normalidade que alterou drasticamente os nossos hábitos e que, muitas vezes, sem que déssemos conta afastou amigos e famílias das rotinas que solidificam a construção do espírito de união.
Estamos a passar por tempos de aprovação, para os quais não devemos ficar indiferentes, necessitando, pelo contrário, de combater a apatia e encontrar novos caminhos de reinvenção da Vida.
Perscrutemos a luz da vida na senda da maturidade consagrante da Vida.

Editorial Arauto 77
Altruísmo
Vivemos um momento de transformação social e económica, onde necessitamos de combater o egoísmo, o apego excessivo aos próprios interesses, nos comportamentos de pessoas que não têm em consideração os interesses dos outros, sobrepondo-se muitas vezes na presunção e na tendência para a exclusão dos restantes, numa tentativa de tornarem-se a única referencia sobre tudo.
Enquanto católicos não ficamos indiferentes a mensagem do cardeal António Marto, “É com muita dor e tristeza de alma e coração, mas também com grande sentido de responsabilidade, que comunico que o Santuário de Fátima irá celebrar a Grande Peregrinação Internacional Aniversária de maio sem peregrinos fisicamente presentes, sem a presença física de peregrinos, como tem sido habitual”.
Precisamos de acreditar que os seres humanos não são apenas mais uma parte do universo material, mas completados numa vertente espiritual do Ser Homem. Encontramos uma base transcendente para nossa reivindicação da liberdade humana e a nossa sugestão de que os direitos inalienáveis vêm de alguém maior do que nós. Ninguém fez mais para recordar o mundo da verdade da dignidade humana, bem como do facto de que a paz e justiça começam em cada um de nós, que aquele homem especial que veio a Portugal há uns anos, anos depois de ter sofrido um terrível atentado. Veio cá, a Fátima, o local do nosso grande santuário, movido pela sua especial devoção a Maria, para pedir pelo perdão e pela compaixão entre os homens, para rezar pela paz e o reconhecimento da dignidade humana através do mundo. Reside no exemplo dele, do nosso Papa Francisco, e nas orações de pessoas simples em todo o mundo, mais poder do que em todos os grandes exércitos e estadistas do mundo. Isto é algo que podemos ensinar ao mundo, pois a grandeza da comunidade reside em cada um, no testemunho de uma fé que justifica todas as reivindicações de dignidade e liberdade dos homens. Aqui se encontra a realização final do sentido da vida e do propósito da história e aqui se encontra a fundação para uma ideia revolucionária – a ideia de que os homens têm o direito de determinar o seu próprio destino.
Não podemos sair da pandemia tal como entrámos. Por muito que nos custe assumir, e contra mim falo, não damos muitas vezes importância ao que mais importa na vida. Quase todos conhecemos já pessoas atingidas pela pandemia e não sabemos o que nos poderá acontecer. Assim como devemos tomar todos os cuidados exteriores para não sermos focos de infeção, precisamos de cuidar do nosso interior, dos nossos sentimentos mais fundos.
Estamos na Semana Santa. Que saibamos todos viver o essencial, experimentando a alegria profunda que brota do amor.
Uma Santa Páscoa para todos!
Confiança
Confiança é um valor que leva anos a conquistar, mas que se perde em segundos?
Sim, somos vítimas da nossa condição humana, que nos projeta para os valores construídos na nossa base societária. Somos levados por uma desconfiança natural, que nos obriga a um processo de construção de confiança, que emprestamos àqueles que julgamos merecer esse nosso bem superior – confiança.
Observando que a confiança pode ser observada desde a esperança pelo futuro, passando pela segurança em si próprio e pela crença na honestidade de alguém, ficamos com uma multiplicidade de cenários para a indagação inicial.
Vejamos com base nos cenários apresentados, como é possível perder a confiança em segundo, sem falsos moralismos, mas levados pela dureza da desilusão provocada pela quebra da honestidade de um alguém, podemos ser abalados na esperança pelo futuro criando uma sensação de insegurança.
Sobra então, para o processo construtivo desta análise, avaliar os alguéns. Estes podem ser tão diversificados quanto o universo de cada um, sendo aqueles em quem depositamos crença na honestidade. Este universo habitualmente constituído pela governança, sim, ainda existe quem acredite, mas a governança não é exclusiva da política, pois também a existe a nível religioso, associativo e afins. Por fim, também existem as relações mais diretas, mais pessoais, onde as quebras apresentadas apresentam resultados bem mais agressivos para com os envolvidos.
Para que consigamos manter esperançados, e assim confiantes, necessitamos de ser pessoas com valores assentes em pilares fundamentais como Sabedoria, Ética, Humildade, Educação, Disciplina, Conhecimento, Integridade e Honestidade.
Todo esforço é recompensado, fé e ação fazem o sonho acontecer.
Editorial Arauto 76
Novo Ano + Nova Década = Novos Desafios
Para os leitores mais atentos deste editorial fica desde já a nota que não debruçarei sobre operações aritméticas ou algébricas, mas procurava um título que despertasse o vosso apetite para a leitura e desse modo companhia nestes pensamentos e análises.
Tivemos uma década de profunda mudança na sociedade mundial enfrentando as consequências do fim da crise económica iniciada no final da década anterior. Marcada por momentos muito complexos e exigentes, nenhum setor ou área ficou indiferente. Reparem que o casamento entre pessoas do mesmo século foi promulgado em Portugal, aconteceu a Primavera Árabe, a guerra do Iraque chegou ao fim (após 8 anos), Barack Obama foi o primeiro afro-americano a ocupar o cargo de presidente dos Estados Unidos, tivemos o primeiro Papa emérito com a primeira renuncia papal em 600 anos, a China solidifica a sua posição de superpotência emergente, acontece o agravamento da crise migratória na Europa com centenas de milhares de migrantes irregulares vindos de Africa e Oriente procurando refúgio, a nossa associação fez uma mudança, permitam-me, radical a nível estatutário. Na nossa região iniciamos a década com a liderança do Francisco Pinheiro, passada em finais de 2011 para o Jorge Carvalho, cujo, após deslocalização profissional para fora de Portugal, passou para a minha pessoa em novembro de 2013.
As mudanças de liderança, quando transitadas por dispares visões e valores, tendem a produzir efeitos verticais nas sociedades, exemplo disso são, em referência aos momentos aludidos anteriormente, a mudança de presidentes nos Estados Unidos, a transição papal e as transições em Africa e Oriente, que conduziram o mundo para cenários dispares no equilíbrio da (des)esperança da humanidade. Daí que será sempre desejável que as transições radicais sejam sempre no sentido do equilíbrio, promovidas por valores maiores em prol da Humanidade e da Natureza.
Fazemos a passagem de década com o facto de ser moda falar da Natureza, diria mesmo ser fanático da natureza e da defesa do planeta transformou-se num valor supremo e todo aquele que não siga o guião criado é linchado nas redes. O problema deste modelo está precisamente no guião criado por uma economia globalizada e lobista que enriquece às custas dos cordeiros seguidistas que não vêm para além do pretendido pela minoria beneficiaria.
Da homilia no Dia da Região, algo marcou o meu pensamento numa validação de simbolismos que tendemos a fanatizar quando não consigamos ver para além das estórias, e aquele exemplo era tão simples, mas ao mesmo tempo deveras complexo para todos os quantos fanatizam a sua visão, incapacitados pela capacidade de pensar além. Exortado por esse pensamento somado à avaliação do estado da humanidade, ouso desejar para a nossa sociedade novas visões e equilíbrios para esta nova década.
Urge arrancar para um novo ciclo em que os Escuteiros Adultos devem tomar uma renovada posição de missão social na sua missão de fraternidade, sendo necessário que nos obriguemos a cumprir o pilar Natureza que sustenta a nossa ação, sendo importante que o consigamos realizar enquanto Igreja motivando e envolvendo a comunidade para a clarificação, educação e sensibilização global para a visão clarificadora deste projeto ambiental.
Para cumprir tamanha demanda necessitamos de ver para além das estórias, interpretando sua simbologia ao invés da sua imitação. Necessitamos de lideranças visionárias e construtivistas, promotoras de novas visões e investigadoras no solucionamento dos problemas que nos apresentam.
Que a próxima década, além dos novos desafios, traga a todos muita sapiência, saúde e energia para que consigamos alavancar a nossa associação na sua missão.
Bom Ano,
André Maciel Sousa
The Components of a Real-Time 3D App

Every three.js app (in fact, nearly every real-time 3D app) will have the following basic components:
- a Scene – this is a holder for everything else. You can think of it as a “tiny universe” in which all your 3D objects live.
- a Camera – this is directly equivalent to the concept of a camera in the real world, and you’ll use this to view your scene.
- a canvas – this is an HTML canvas element, and just like a canvas in the real world, it starts out as a blank rectangle, just waiting to hold your beautiful creations!
- a Renderer – this is a machine that takes a Camera and a Scene as input and outputs beautiful drawings (or renderings) onto your canvas.
Together, the Scene, Camera, canvas, and Renderer give us the scaffolding of an app, however, none of them can actually be seen. We’ll also need to add some kind of visible object, and in this chapter, we’ll add a simple box-shaped Mesh, which has three components.
- a Mesh – this is just a holder for a Geometry and a Material and defines the position in 3D space. We can add this to our Scene.
- a Geometry – this defines the shape of our Mesh.
- a Material – and this defines the way that the surface of the Mesh looks.
Editorial Arauto 75
“Quem é mafioso não vive como cristão”
“Não se pode acreditar em Deus e ser mafiosos. Quem é mafioso não vive como cristão, porque blasfema com a vida contra o nome de Deus-amor”, e hoje “temos necessidade de homens e de mulheres de amor, não de homens e de mulheres de honra; de serviço, não de subjugação; temos necessidade de homens e mulheres, de caminhar juntos, não de perseguir o poder. Se a ladainha mafiosa é: “Você não sabe quem eu sou”, a cristã é: “Eu preciso de você”. Se a ameaça mafiosa é: “Você vai pagar para mim”, a oração cristã é: “Senhor, ajuda-me a amar”. Por isso aos mafiosos eu digo: mudem irmãos e irmãs! Parem de pensar em si mesmos e em seu dinheiro. Você sabe, vocês sabem, que o Sudário não tem bolsos. Vocês não podem levar nada com vocês. Convertam-se ao verdadeiro Deus de Jesus Cristo, queridos irmãos e irmãs! Eu digo a vocês, mafiosos: se não fizerem isto a vida de vocês será perdida e será a pior das derrotas”.
(Para Francisco,2018)
Nesta Homilia Sua Santidade exorta-nos para a necessidade de pôr mãos-à-obra, pois não podemos seguir Jesus meramente com conceitos, questionando para o que podemos fazer pelos outros e pela Igreja?
““Não espere que a Igreja faça algo por você, comece você. Não espere que a sociedade o faça, comece você! Não pense em si mesmo, não fuja da sua responsabilidade, escolha o amor! Sinta a vida das pessoas que têm necessidade, escuta o teu povo. Tenham medo, tenham medo, da surdez de não escutar o seu povo. Este é o único populismo possível: escutar o seu povo, o único “populismo cristão”: ouvir e servir o povo, sem gritar, acusar e provocar contendas”.
A compreensão deste desafio, transporta-nos para a figura do Escuteiro Adulto, e a sua Missão.
A missão do Escuteiro Adulto, é uma vocação missionária ao chamamento de Deus, que nos pede uma entrega ao bem comum e às nossas comunidades, deixando nos pelo caminho pedras soltas que nos colocam constantemente à prova, numa demonstração de amor pelo reforço que cada superação nos concede.
A comunicação é essencial, sendo necessário que seja praticada com clareza, para que aqueles que a recebem, não a sintam como injuria saber que uns quantos afortunados a percebem enquanto a maioria desconhece. Para tal é de extrema importância o papel da formação, e dos formadores para chegarem a TODOS nos processos de formação do Escuteiro Adulto, que é dispare do Escuteiro Jovem, cabendo o necessário ajustamento, compreensão e aplicação das bases do método formativo, do percurso escutista.
“A renovação não deve meter medo” (Papa Francisco,2019), estamos todos na mesma barca, mas nem todos podem ser timoneiros, porém nessa barca precisamos de falar a uma só voz, a voz da fraternidade em unidade, com dedicação, dinâmica e amor.
Editorial Arauto 74
Sim eles é que sabem ou talvez não?
“O escuteiro não é parvo.” – Décimo primeiro (não escrito) artigo da Lei do Escuteiro. (B.P.,1939) – mas existem…
O Compromisso e dedicação à causa, tem destas coisas, tendem a deixar-nos a pensar se estaremos no caminho certo!
O nosso BP deixou-nos belas pistas para esta meditação, que no meu caso levou-me por uma viagem no tempo onde tive oportunidade de rever as vivencias no agrupamento 399 de Rebordões e projetar o futuro, este com o objetivo claro de não querer lá chegar com sentimentos tipicamente de arenque ou velhas barcaças, mas como jovem à mais tempo, que nunca esquece o ideal e sempre espalhando felicidade, ou pelo menos fazendo por isso.
Jamais me escutarão afirmar, colocando em bicos de pés, que tenho “esta e aquela medalha” ou “este e aquele louvor”, porque não procuro recompensas, esta é uma reflexão de um homem que vive por valores que o escutismo marcou, até porque tal como o General, ser Líder não são só rosas, nem vestir um uniforme fino e condecorações; significa também uma terrível responsabilidade na liderança da missão. No escutismo os escuteiros obedecem às ordens do guia porque são uma equipa a jogar juntos e a apoiar o seu líder pela honra e sucesso do Todo.
Não necessitamos de ter decorado livros de Baden Powell para perceber que, a sua escrita são pistas para a felicidade na construção de um mundo mais fraterno, em que a tentativa de execução plena, sem a inteligência emocional levaria numa caminhada para o fanatismo.
O escutismo nasceu pela mão de um militar, mas não pode ser confundido como base militar, sendo que esse é um dos maiores erros que alguns jovens há mais tempo tendem a faccionar, desperdiçando, assim, o bem-querer maior que o fundador nos apontou.
O escutismo preparou-nos para a estar “sempre alerta para servir”, o lema que explica esta vivência escutista em adultos, muitas vezes incompreendida, pelo que, sempre que realizamos uma boa ação não estamos à espera de qualquer recompensa, porque estamos a executar uma ação natural, como quando consumimos uma refeição.
Com esta reflexão, afirmo que não percebo nada de escutismo, e aceito esta critica, dos velhos lobos faccionários, mas não fico triste nem menor por ser um cidadão preocupado em deixar um mundo um pouco melhor.
Com Paixão e Compromisso