Editorial Arauto 60
Sejamos Ilhas!
Caros Irmãos Escutas,
Neste número registamos para a história da nossa região o quarto trimestre de 2015, com especial destaque para a participação nas Jornadas Publicas de Segurança, organizadas pela Universidade Lusófona do Porto, como parceiros Proteção Civil; o Fórum “SIM! Eu sou Escuteiro Adulto!”; e o X Dia da Região.
Ficou um trimestre de intensa atividade e que enche de orgulho todos os escuteiros adultos, pelos passos dados no caminho para o futuro da associação e região. Por falar em orgulho, estreamos neste número a visão dos associados que se encontram emigrados, com a colaboração do Jorge Carvalho, associado do núcleo de S. Martinho de Bougado, anterior Presidente Regional, emigrado na Polónia. Fica o desafio à participação daqueles que nem a distância esmorece o espirito escutista.
2016 está aí, e com ele um primeiro trimestre de preparação para as principais atividades do primeiro semestre, com especial relevância para o conselho nacional que poderá ser um passo histórico para o futuro da associação, teremos também a atividade cultural com o núcleo de Nogueira do Cravo e o nosso ACAREG com o núcleo de Fânzeres.
Para este ano o Papa Francisco anunciou a celebração de um Ano Santo especial. Este jubileu da Misericórdia começou com a abertura da Porta Santa na Basílica Vaticana durante a solenidade da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro, e terminará no dia 20 de novembro de 2016 com a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. O Santo Padre exclamou: “estamos vivendo o tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Existe tanta necessidade de misericórdia, e é importante que os fieis leigos a vivam e a levem aos diferentes ambientes sociais. Adiante!”
A Igreja Católica começou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII em 1300. O pontífice previu a realização de um jubileu cada século. Desde 1475 – para permitir que cada geração vivesse pelo menos um Ano Santo – o jubileu ordinário começou a ser entre 25 anos (Antigamente, para os hebreus o jubileu era um ano declarado santo, que acontecia a cada 50 anos). Um jubileu extraordinário, no entanto, é proclamado por ocasião de um acontecimento de particular importância.
Os Anos Santos Ordinários celebrados até hoje foram 26. O último foi o Jubileu do ano 2000. O hábito de proclamar Anos Santos extraordinários remonta ao século XVI. Os últimos deles, celebrados no século passado foram o de 1933, proclamado por Pio XI, por ocasião do XIX centenário da Redenção, e 1983, proclamado por João Paulo II pelos 1950 anos de Redenção.
Com o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco coloca no centro das atenções o Deus misericordioso, que convida todos a voltar-se a Ele. O encontro com Ele inspira a virtude da misericórdia.
O rito inicial do Jubileu é a abertura da Porta Santa. Trata-se de uma porta que se abre apenas durante o Ano Santo, enquanto nos outros anos permanece selada. Têm uma Porta Santa as quatro basílicas maiores de Roma: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora dos Muros e Santa Maria Maior. O rito de abertura expressa simbolicamente o conceito de que, durante o tempo jubilar, se oferece aos fiéis um “caminho extraordinário” para a salvação.
Após a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, serão abertas sucessivamente as portas das outras basílicas maiores.
A misericórdia é um tema muito sentido pelo papa Francisco que já como bispo tinha escolhido como lema próprio “miserando atque eligendo“. Esta é uma citação das homilias de São Beda, o Venerável, que, comentando o episódio evangélico da vocação de São Mateus, escreve: “Viu Jesus um publicano, e como olhou para ele com um sentimento de amor e lhe disse: Segue-me”.
No primeiro Angelus após sua eleição, o Santo Padre dizia que: “Ao escutar misericórdia, esta palavra muda tudo. É o melhor que podemos escutar: muda o mundo. Um pouco de misericórdia faz o mundo menos frio e mais justo. Precisamos compreender bem esta misericórdia de Deus, este Pai misericordioso que tem tanta paciência” (Angelus, 17 de março de 2013).
Em 2015, no Angelus de 11 de janeiro, disse: “Estamos vivendo no tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Há tanta necessidade hoje de misericórdia, e é importante que os fiéis leigos a vivam e a levem aos diversos ambientes sociais. Adiante!” E na mensagem para a quaresma de 2015, o Santo Padre escreveu: “Quanto desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, em especial as nossas paróquias e nossas comunidades, cheguem a ser ilhas de misericórdia em meio do mar da indiferença”.
Caros Irmãos Escutas sejamos essas ilhas!